Em poucos dias, o presidente Lula reafirmou algumas convicções que podem ser lidas tanto pela ótica do equívoco quanto pela lógica do atraso.
No campo dos equívocos, está a afirmação de que "há um dogma" quanto à exigência de diploma universitário para o exercício da Presidência da República.
Não há. O que há é o pressuposto de que formação educacional deve ser um objetivo de todos e um imperativo para quem, como ele, dispõe de condições materiais fartas.
No terreno do atraso, Lula produziu duas assertivas erráticas. A primeira desqualifica o valor dos princípios (por ele qualificados de forma pejorativa como "principismo"), aos quais só se deve aderir enquanto se é oposição.
Por esse ângulo de visão, entre as responsabilidades de um governante estaria o abandono dos princípios e, portanto, a adesão aos fins que justificam quaisquer meios para alcançá-los.
A segunda assertiva, feita ontem - "é preciso parar com a mania de que contratar mais gente para trabalhar para o Estado brasileiro é inchaço da máquina" -, consagra o empreguismo e o gigantismo como metas e marcas de eficiência na gestão.
Junte-se a isso a celebração do fisiologismo como norma "culta" do governo de coalizão e teremos o que se pode chamar de um legítimo salto para o passado.
Nesse quadro de culto ao retrocesso e desmonte de valores, o anúncio de que Fernando Collor pretende retomar a trajetória interrompida pelo impeachment, candidatando-se ao governo de Alagoas, fazendo uso da licença do mandato de senador, acompanha o padrão. Dora Kramer
Curupira!!!!
| author: GustaPosts Relacionados:
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário