Na Folha: Cesar Maia, o consultor
No seu comentário diário postado no Youtube, Cesar Maia, pai do presidente do Democratas, Rodrigo Maia, fez críticas até ao programa de TV do aliado José Serra (PSDB), exibido ontem.
"Nem o William Bonner lê tanto tempo o teleprompter. Ele lê bem, não há dúvida nenhuma, todos nós sabemos. Mas depois de algum tempo vai se perdendo emoção. O [Luiz] Gonzalez [marqueteiro de Serra] podia, talvez na parte final, mudar o plano, fazer um plano mais fechado nele, para carregar de emoção", aconselha.
No geral, o político reprovou o estilo tanto do programa do aliado quanto o de Dilma Rousseff (PT). "Se é isso aí que vai mobilizar o eleitorado, de um lado e do outro, não vai. Vai ficar tudo meio na mesma", alerta.
Folha critica César Maia. Para mim, ele está correto!
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DO BLOG DO UCHO
Soberba e pesquisas eleitoras podem comprometer campanha de Dilma
É bom não acreditar -
Diante de câmeras e microfones, Dilma Rousseff e alguns assessores de campanha evitam comentar os resultados das recentes pesquisas eleitorais (Ibope e Vox Populi), que apontam a liderança da presidenciável petista. Nos bastidores, porém, a realidade é bem diferente, pois o salto alto já é presença constante entre os companheiros.
Como sempre reitera o ucho.info, pesquisa de opinião é um produto da estatística e revela apenas um momento da sociedade, o que não significa que os resultados são perenes. Sem contar que dependendo de como é aplicado o questionário, a resposta pode ser induzida.
Por outro lado, não se tem notícia de que institutos de pesquisas sejam entidades filantrópicas travestidas. Na condição de empresas, os institutos de pesquisa carecem de clientes e buscam lucros. E no mundo do capitalismo não há quem madrugue para perder dinheiro e contrariar clientes.
Nos últimos anos, e lá se vão muitos, pesquisa de opinião foi transformada em ferramenta de campanha, cujo objetivo é induzir o eleitor ao erro. Para deixar claro o nosso posicionamento em relação às pesquisas eleitorais valemo-nos de um exemplo. Um jurista contratado por alguém que enfrenta problemas na Justiça jamais emitirá um parecer contrário às ambições do contratante. Ou seja, pesquisas eleitorais e pareceres jurídicos são produzidos sob medida.
No contraponto é preciso considerar que a militância do Partido dos Trabalhadores é cega e obediente, além de estar sempre pronta para qualquer missão, inclusive a de invadir as regiões que serão palco das pesquisas. Quem tem experiência em processos eleitorais conhece a fundo como se dá o preâmbulo de uma pesquisa eleitoral. Sem contar que os que acompanharam os bastidores palacianos logo após o trágico acidente com o Airbus da TAM, em São Paulo, sabem o que acontece quando os atuais ocupantes do poder têm um objetivo maior.
Resumindo, a melhor e mais verdadeira pesquisa eleitoral acontecerá no próximo dia 3 de outubro. Até porque, contrariando o clima do “já ganhou”, Jânio Quadros e Luiza Erundina foram eleitos para comandar a prefeitura da maior cidade brasileira, São Paulo.
A mentira histórica contada por Dilma no debate Folha/UOL
“Aprovamos o Plano Real e, mais do que isso, levamos à frente e o utilizamos de forma adequada”.
De quem é a frase? Da petista Dilma Rousseff no debate da Folha/UOL. Caso Serra dissesse uma flagrante mentira, dessas escandalosas, contra todas as evidências dos fatos, contra a história, contra o modo como se organizou a política de 1994 a esta data, o jornalismo online estaria noticiando a mentira em letras garrafais. Amanhã, os colunistas isentos fariam a festa no jornalismo impresso.
A mentira grotesca contada por Dilma ficará por isso mesmo. O Plano Real não se resumiu a uma ou duas medidas. Tratou-se de um conjunto. O PT se opôs a todas, a rigorosamente todas, em especial ao plano de estímulo à reestruturação dos bancos, o Proer, que garantiu a saúde do sistema financeiro brasileiro e foi fundamental para assegurar a estabilidade da moeda. Só para lembrar: a reestruturação custou o fim do Banco Nacional, de que netos de FHC eram herdeiros. É isto: FHC chegou ao poder com netos herdeiros de bancos (sua então nora era da família Magalhães Pinto, que controlava a instituição); quando saiu, aqueles mesmos netos eram, como a maioria de nós, do MSB, o Movimento dos Sem-Banco.
Nota à margem: a família Lula da Silva deu mais sorte. O patriarca chegou ao poder, e um de seus filhos era monitor de jardim zoológico. Hoje, o mesmo filho, Lulinha, é o dono da Gamecorp, aquela empresa que recebeu uma generosa injeção de dinheiro da então Telemar, hoje Oi, de que o BNDES era e é sócio. A história do “movimento operário” nestepaiz é realmente muito linda!!!
Adiante. O PT afirmava que o Proer não passava de mamata para banqueiros — e com o endosso de setores do jornalismo; aqueles mesmos que se calarão, agora, diante da mentira contada por Dilma.
O partido se opôs ao Plano Real, sim, tanto que fez a campanha eleitoral de 1994 tentando demonstrar os malefícios todos que ele causaria ao Brasil. E passou os oito anos seguintes tentando sabotar a estabilidade.
No máximo, a petista poderia dizer que seu partido “aprovou” o Real depois que estava no poder, sem jamais reconhecê-lo. Ao contrário. Teve lugar o discurso no qual ela navega até hoje: “Nunca antes na história destepaiz”.
É impressionante que a mentira seja dita de modo tão explícito, tão escancarado, e que a reação seja praticamente nenhuma. Mas vá Serra lançar no ar um dado impreciso que seja… Vira manchete. De novo: isso nada tem a ver com as minhas afinidades com esse ou com aquele. Contentem-me demonstrando quem é que está dando destaque à mentira histórica.
Ora, se o PT tivesse aprovado o Plano Real, a clivagem que hoje existe na política brasileira não teria como seus principais protagonistas o PT e o PSDB. Sem essa! Depois de ter tentado apagar da memória do país as conquistas dos adversários, os petistas agora tentam roubá-las.
Por Reinaldo Azevedo
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