Corretor acusa Dirceu e PT de ganhar ´por fora` R$ 5,5 mi de fundo de pensão
Em depoimentos ao Ministério Público Federal, Lúcio Bolonha Funaro aponta personagens do escândalo do mensalão e afirma que tesoureiro petista, João Vaccari Neto, seria responsável por gerenciar negócios do partido ligados ao setor
Em depoimentos prestados ao Ministério Público Federal em 2005, o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro acusou o deputado cassado e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu de ter se beneficiado pessoalmente em negócios fechados por fundos de pensão sob controle do PT.
Funaro afirma que, em duas operações do Portus - fundo de pensão dos servidores do setor portuário -, Dirceu e o PT teriam recebido, "por fora", comissões de R$ 5,5 milhões, valor superior ao divulgado na época.
Nos depoimentos, Funaro aponta o atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, como responsável por gerenciar os negócios dos fundos de pensão ligados ao partido. Vaccari é alvo de um pedido de quebra de sigilo bancário, feito pelo promotor José Carlos Blat, por suspeita de envolvimento em um suposto desvio de recursos da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) para o PT.
Investigado por participação no escândalo do mensalão, Funaro mantém há quatro anos acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Nos depoimentos, aos quais o Estado teve acesso, ele detalha as operações que teriam beneficiado Dirceu e o PT e causado prejuízos milionários a fundos de pensão como o Portus e o Petros, dos funcionários da Petrobrás.
Os personagens citados pelo corretor são os mesmos que protagonizaram o escândalo do mensalão. Em novembro de 2005, Funaro se refere a Vaccari como homem de confiança de Dirceu e Delúbio Soares, o tesoureiro do mensalão.
Shopping. Um dos negócios a que o corretor se refere é a venda de ações de um shopping na cidade catarinense de Blumenau. Funaro afirma que o Portus vendeu sua participação no Shopping Neumarkt justamente no momento em que o ativo estava melhorando sua rentabilidade e que o negócio foi fechado "com o intuito de receber recursos para o ministro José Dirceu".
De acordo com Funaro, a transação foi fechada com uma offshore (empresa sediada em paraíso fiscal) de propriedade do sócio majoritário do shopping. O Neumarkt pertence ao Grupo Almeida Júnior, dono de quatro shoppings em Santa Catarina. "Para comprovar a péssima operação do fundo basta ver que o comprador, após dar uma ínfima entrada, pagaria o restante do saldo devedor apenas com os dividendos das cotas compradas da Fundação Portus", declarou Funaro. A transação se deu em 2004, um ano antes de estourar o escândalo do mensalão petista. O grupo Almeida Júnior confirma o negócio, mas nega ter dado propina a Dirceu e ao PT.
Pedágio. Para adquirir as ações do Portus em condições facilitadas, prosseguiu Funaro, o pedágio era de R$ 500 mil. O dinheiro deveria ser entregue a representantes de Dirceu e do PT - o corretor afirma que a direção do fundo, na ocasião, já estava a cargo de indicados do ex-ministro. Diz que ele próprio se interessou pelo negócio, "financeiramente muito atraente", mas desistiu ao saber que era preciso pagar a suposta propina, que nos depoimentos ele chama de "por fora".
Na mesma época, em 2004, diz o corretor, o Portus vendeu uma participação em outro empreendimento imobiliário, dessa vez em Joinville (SC). Nesse negócio, o "por fora" teria sido de R$ 5 milhões.
Ao se referir a outras transações que teriam por objetivo favorecer o PT, ele sugeriu aos procuradores "intensa investigação" sobre a corretora ASM Asset Management, com sede no Rio. Ele lança suspeitas, em especial, sobre um fundo de direitos creditórios subscrito "em quase sua totalidade" pelos fundos de pensão ligados ao partido.Rodrigo Rangel - O Estadao de S.Paulo
Dirceu, PT, Fundos de pensão e Funaro!
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SEÇÃO » História em Imagens – Blog Augusto Nunes
Zélia Cardoso de Mello anunciou em dilmês o confisco da poupança
Precisamos de uma mulher cuidando da economia”, explicou o presidente eleito Fernando Collor de Mello ao nomear Zélia Cardoso de Mello para o Ministério da Fazenda. Em 16 de março de 1990, a estreia da escolhida em rede nacional de rádio e televisão conseguiu espantar o país inteiro. Como ninguém entendeu o palavrório da ministra, os brasileiros demoraram alguns minutos para descobrir que o governo tinha confiscado o dinheiro da poupança.
Lula acha que o país precisa de uma mulher na presidência da República. Como aconteceu há 20 anos com Zélia, ninguém consegue entender o que tenta dizer a ministra Dilma Rousseff. A Mãe do PAC é tão ininteligível quanto a Tia da Tunga. Os brasileiros podem acabar descobrindo que as ideias de Dilma são ainda piores
DO CESAR MAIA * * *
PT AFUNDA NA LAMA!
(Globo, 16) Em depoimentos ao MPF, Funaro denuncia que PT usou fundos de estatais na arrecadação do mensalão
Numa série de depoimentos que vinham sendo mantidos em sigilo pelo Ministério Público Federal, o corretor do mercado financeiro Lúcio Funaro denunciou suposto esquema de arrecadação de recursos para o PT, em transações suspeitas com fundos de previdência de empresas estatais. Entre os principais acusados por Funaro estão o ex-ministro e deputado federal cassado José Dirceu, o ex-secretário de Comunicação do PT Marcelo Sereno, o atual tesoureiro do partido, e João Vaccari.
* * *
O QUE HÁ POR TRÁS DA POLÍTICA EXTERNA DE LULA!
Trechos do artigo de Andrés Oppenheimer (La Nacion, 16).
Nos últimos dias, Lula tem feito declarações surpreendentes para um ex-líder sindical que se opusera à ditadura militar. Em uma entrevista à Associated Press, comparou opositores pacíficos cubanos que estão em greve de fome a bandidos. Lula deu ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, uma enorme publicidade, no ano passado, quando o recebeu, em Brasília, poucos meses após o presidente iraniano ter sido proclamado vencedor das eleições altamente controversas em seu país. Além disso, o Brasil está usando o seu voto na ONU para proteger países com terríveis históricos em direitos humanos, como a Coreia do Norte, República Democrática do Congo e Sri Lanka, segundo um relatório da organização Human Rights Watch.
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