Questão indígena: ONGs assumem o papel do Estado!

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A Fundação Nacional do Índio (Funai) está terceirizando para Organizações Não-Governamentais (ONGs) a gestão de ações em aldeias indígenas.
Duas delas, o Centro de Trabalho Indígena (CTI) e o Instituto Sócio-Ambiental (ISA), estrelas gigantes do setor, estão sendo acusadas por indigenistas e organizações de utilizar a proximidade com a Funai para atrair parcerias e recursos de governos e entidades internacionais.
A ampliação do papel das ONGs veio à tona na semana passada com a crise deflagrada pelo decreto baixado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no final do ano passado.
(...)
Os críticos reconhecem que as ONGs têm em seus quadros profissionais competentes e dedicados, mas reclamam que, até para evitar interferência externa num setor sensível e frágil, esse é um papel de Estado, a ser executado por indigenistas e sertanistas dos quadros da autarquia, e chamam a atenção para o apelo financeiro embutido nas parcerias. "Eles ganharam uma franquia para captar recursos no Brasil e no exterior. Índios isolados é uma grife. As ONGs viraram grandes empresas que não pagam impostos " ,diz o ex-presidente da Funai, Mércio Gomes, que dirigiu a autarquia na gestão no primeiro mandato de Lula.

1 Comentário:

Anônimo disse...

Exageros no Haiti
O Globo

Os adversários são os primeiros a reconhecer a especial aptidão do PT para a propaganda e o marketing. Fatos positivos de seus governos são "vendidos" como se mais valiosos fossem, e fracassos costumam ser encobertos por uma cortina espessa de declarações e desmentidos veementes.


Tucanos chegam a lamentar, em contraposição, a falta de traquejo do PSDB para falar da própria folha de serviço. A ponto de algumas pesquisas creditarem o controle da inflação e a estabilidade econômica a Lula, quando ele e o PT foram contra o Plano Real. É tão forte este traço nos petistas que até a política externa brasileira, de longa tradição, com ritos e costumes consolidados, terminou contaminada por essa cultura. É o que ficou evidente na reação do general brasileiro Floriano Peixoto, comandante-geral da missão da ONU no Haiti, quando as tropas americanas começaram a distribuir alimentos em Porto Príncipe.


Incomodado, o general mobilizou suas tropas, ornamentou veículos com bandeiras do Brasil, e tratou de pessoalmente comandar também uma distribuição de alimentos, enquanto pedia a fotógrafos para registrar a operação.


Embora também possa haver na reação do general um traço do conhecido complexo de inferioridade brasileiro diante de ricos em geral e americanos em particular, a intenção propagandística da mobilização de soldados foi clara. O aguçado senso de marketing seria confirmado logo depois pelo chanceler Celso Amorim ao propor, em Porto Príncipe, um "Plano Lula" para reconstruir o Haiti, numa reedição do Plano Marshall, que reergueu a Europa depois da Segunda Guerra.


Autoridades brasileiras deveriam ser comedidas na ânsia de propagandear e adular o chefe.

 

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