"O Brasil não sobreviverá sem a CPMF", garantia um general governista. A platéia caía na gargalhada: como levar a sério alguém que falava linguagem de vilão com sotaque de mocinho? "O governo que gaste menos", revidava a ordem de um guerreiro oposicionista. A platéia morria de rir: como levar a sério alguém que bancava o herói sem conseguir disfarçar a cara de bandido?
Novamente em cena desde setembro, o drama reduzido a comédia de mau gosto pelo script farsesco, pela escassa imaginação do diretor e pela canastrice do elenco, vai se transformando na mais espantosa chanchada já apresentada no Teatrão do Planalto. Promovido a diretor de elenco em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva promoveu uma radical inversão de papéis: quem era isto agora é aquilo. Os que juravam de morte a CPMF passaram a defendê-la a tiros. Os que lutavam para prolongar-lhe a vida resolveram enterrá-la já. Sem choro nem vela. E em cova rasa.
..."A CPMF é o mais justo dos impostos", grita o ator que, nas versões anteriores, qualificava de "coisa de golpista" a prorrogação do tributo. "Só sonegador é contra esse imposto", acusa a garganta que durante 10 anos até nos ensaios se entusiasmava com textos que comprovavam os estragos impostos à classe média pelo monstrengo inconstitucional. A dedicação do ator só serve para comprovar que, na ficção ou na vida real, Lula não tem compromisso com a coerência.
Nem com a palavra empenhada. Em 1999, fazendo coro com todo o elenco, Lula garantiu que o espetáculo nunca mais seria encenado. Renovou a promessa em 2006. Era mentira.Por Augusto Nunes, aqui
A comédia que virou chanchada!!!
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