Não ao continuísmo - Merval Pereira
A frase mais emblemática da atual situação da Venezuela, depois que a derrota do governo foi oficializada, é a que Hugo Chávez proferiu ao admitir que fora derrotado nas urnas: “Com o coração lhes digo, passei várias horas me debatendo em um dilema. E saí do dilema, estou tranqüilo, espero que os venezuelanos também”. Ora, qual poderia ser o dilema de Chávez, a não ser o de acatar ou não o resultado do referendo? Essa dedução confirma-se por outras declarações, quando ele diz que “por enquanto, não podemos” aprovar as reformas, mas, no entanto, ressalva que elas continuam “vivas e não morreram”. Mais tarde, Chávez anunciou que pretende fazer as reformas “através de outros mecanismos”, o que deixa em suspenso a definição sobre o que fará. continua no link acima
_________________________________________________________________
Democracia - Ali Kamel
A vitória do “não” na Venezuela assanhou os setores antidemocráticos e autoritários aqui do Brasil. Muitos tentaram demonstrar que a derrota de Chávez era a prova de que seus críticos são injustos: a Venezuela seria uma democracia pujante, em que o presidente submete suas idéias ao povo e acata os resultados, tudo muito normal. A vitória do “não” foi sem dúvida uma vitória dos democratas venezuelanos, mas, nem de longe, a evidência de que o regime em vigor naquele país é democrático. O que se evitou ali foi mais um golpe na democracia, o definitivo sem dúvida, mas, para que a liberdade volte a ser uma realidade, o caminho ainda é longo. Já se tornou um chavão, mas é inevitável repetilo: eleições são fundamentais numa democracia, mas, por si só, não atestam que um regime seja democrático. continua no link acima
Bom de ler!!!
| author: GustaPosts Relacionados:
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário