Reportagem da Veja:
Hoje, o ex-secretário-geral do PT é um empresário. Em julho do ano passado, ele abriu uma firma no ramo de eventos, chamada DNP, juntamente com sua mulher e um irmão. O negócio vai de vento em popa.
VEJA teve acesso a documentos que mostram que, de janeiro a abril deste ano, mais da metade do faturamento da DNP, de cerca de 90.000 reais, veio, indiretamente, da... Petrobras. Como Silvinho operou esse milagre? Os 55.000 reais que a DNP embolsou da estatal nos primeiros meses do ano se referem a uma suposta participação no projeto Cinemostra de Verão, patrocinado pela petrolífera. O evento, uma exibição de filmes nacionais ao ar livre, ocorreu em fevereiro, na Praia de Camburi, em Vitória, no Espírito Santo. Oficialmente, as empresas que o idealizaram e executaram foram a TGS Consultoria e a Central de Eventos e Produções, ambas de propriedade de um mesmo dono, Julio Cesar dos Santos. Foi em nome dessas duas empresas que a DNP emitiu as notas fiscais que lhe permitiram receber, em três parcelas, os 55.000 reais da Petrobras. Nas notas, atribuem-se à empresa de Silvinho a "coordenação e produção" da mostra. A Petrobras, por meio de sua assessoria de imprensa, informa que não tinha conhecimento da participação da DNP de Silvinho na mostra e adianta não possuir "ingerência sobre profissionais ou empresas contratados para execução de projetos patrocinados pela empresa".
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