Onde está a verdade???

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Dinheiro do dossiê veio do caixa-dois com aval de Berzoini, acredita Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a dois ministros acreditar que parte dos R$1,7 milhão usado na tentativa de compra de dossiê contra o PSDB veio do caixa-dois do PT e que seu recolhimento foi autorizado pelo seu ex-coordenador de campanha, ex-ministro e presidente licenciado do partido, Ricardo Berzoini.
Nas quase seis semanas depois da prisão de Gedimar Passos e Valdebran Padilha com o dinheiro, Lula ordenou uma investigação paralela sobre o caso. Ministros, dirigentes petistas e delegados na Polícia Federal recolheram informações contraditórias, mas que permitiram ao Planalto montar um esboço de como foi arquitetada a compra do dossiê. O próprio presidente se envolveu na apuração, conversando com Ricardo Berzoini, o candidato derrotado ao governo de São Paulo Aloizio Mercadante e vários dirgentes da sua campanha. Há informações de que no dia 17, dois dias depois das prisões pela PF, Lula teria se encontrado com o ex-ministro José Dirceu. Procurado, Dirceu diz que não falou com o presidente sobre o caso.

(Thomas Traumann)
Lula nega suspeita sobre Berzoini
O ministro da Articulação Política, Tarso Genro, ligou as 19h30 para a revista ÉPOCA negando oficicialmente que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tivesse tirado conclusões sobre as responsabilidades e origem do dinheiro que pagou o dossiê contra o PSDB. "O presidente nega que tenha, em algum momento, externado opiniões deste gênero. Ele quer que a Polícia Federal apure as responsabilidades, o Ministério Público acompanhe as investigações e que a Justiça julgue e condene quem de direito. Não cabe ao presidente, ou a qualquer de seus ministros, tirar conclusões sobre um inquérito em andamento", afirmou o ministro. Segundo ele, "se ministros disseram à ÉPOCA o que está no blog eles não merecem a confiança do presidente".
O ministro ficou especialmente preocupado com a informação publicada neste blog de que o dinheiro que pagou o dossiê contra o PSDB teria vindo do caixa-dois da campanha. "O presidente Lula nunca concordaria com um crime", disse o ministro. Se comprovado o crime de caixa-dois, a candidatura Lula pode ser até impugnada pela justiça eleitoral.
ÉPOCA ligou para uma de suas fontes da reportagem. Ela confirmou o que foi publicado.
(Thomas Traumann)

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