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CPMI confirma suspeita de caixa-dois em dados bancários
A sub-relatoria de Fundos de Pensão da CPMI dos Correios descobriu operações que reforçam a suspeita de que realmente existiu um esquema de empréstimos forjados juntos ao BMG e ao Banco Rural para abastecer o caixa-dois de partidos da base aliada. O sub-relator da área, Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), apresentou demonstrativo que aponta transferência de R$ 53,5 milhões de aplicações em (certificados de depósitos bancários) CDBs do fundo para os dois bancos a partir de dezembro de 2003.
Aplicações em CDBs
De acordo com os dados apresentados, o BMG e o Banco Rural receberam R$ 19 milhões e 34,5 milhões, respectivamente, do Postalis (fundo de pensão dos funcionários dos Correios), entre dezembro de 2003 e outubro de 2004, em aplicações em CDBs. Em alguns casos, a CPMI identificou perdas para os fundos de pensão com essas aplicações.
Ingerência política
Declarações do atual diretor financeiro do Postalis (fundo de pensão dos funcionários dos Correios), Adilson Florêncio da Costa, e de seu antecessor, Hélio Afonso Pereira, em depoimentos hoje à sub-relatoria, também reforçam a tese de ingerência política em decisões dos fundos de pensão que deveriam obedecer a critérios exclusivamente técnicos. Ambos disseram que chegaram ao cargo por indicações políticas. Pereira foi diretor durante a gestão de Eunício de Oliveira como Ministro das Comunicações e Adilson Costa assumiu o cargo na gestão de Hélio Costa. A ECT é vinculada ao Ministério das Comunicações, mas o Postalis, uma sociedade civil de natureza privada, não deveria sofrer ingerência política.
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