Salles "defendeu" Lula em "Entreatos"
O documentarista João Moreira Salles deixou de incluir cenas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no documentário "Entreatos", sobre a campanha presidencial de 2002, "para defender o Lula".
"Porque acho que ele não sabe o que está dizendo ali", afirmou.
Salles possui 180 horas de imagens gravadas para o documentário e disse que irá doar todo o material "a uma instituição pública, dentro de seis ou sete anos".
No momento em que citou a decisão tomada na edição do filme --durante debate do programa Folha Documenta, na noite de anteontem, em São Paulo--, Salles falava sobre o compromisso ético que pauta a relação entre documentarista e documentado. "Não quero, não posso nem nunca serei desleal com os personagens de meus filmes", disse ele, que também tem no currículo uma cinebiografia sobre o pianista Nelson Freire.
(Em 2000, Salles financiava o traficante Marcinho VP, que escreveria um livro, destinando a ele um valor mensal de R$ 1.200,00)
O diretor ressaltou também a transformação do alcance e até do sentido que determinadas declarações podem sofrer, de acordo com a "diferença de domínio" de sua divulgação.
"Duvido que alguém aqui não tenha rido ou até mesmo contado alguma piada racista. Uma coisa é fazer isso na esquina, outra é transportá-la para uma tela."
Salles disse que "no fundo é divertida" a discussão em torno de "Entreatos" que ele trava atualmente com o prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), pela seção Tendências/Debates da Folha. "Cesar Maia tem pelo menos essa virtude: é divertido."
O prefeito do Rio reprova a decisão de Salles de não haver autorizado o relançamento do documentário nos cinemas após a crise do governo Lula da Silva.
CONCORDO COM CESAR MAIA!
PALHAÇADA!
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