...se viu uma campanha eleitoral tão cara. As estimativas sugerem que o gasto total com as eleições de presidente, governadores, senadores e deputados ultrapassará 2 bilhões de reais. Infelizmente, essa cifra não fará do Brasil uma democracia mais forte
Abraçada ao presidente Lula sob uma chuva de confetes e ao som de um frevo que diz "depois do cara, a gente vota é na coroa", no dia 20 de fevereiro a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, sagrou-se candidata do governo à Presidência da República durante o encerramento do 4o congresso do PT. A lei eleitoral permite que até a largada oficial da campanha, no dia 6 de julho, eventos partidários como esse ocorram apenas em recintos fechados. Mas, na prática, a disputa pelos corações e mentes de 133 milhões de eleitores brasileiros nas eleições de outubro já vem sendo travada há bom tempo.
Desde meados de 2009, de olho em pesquisas de opinião para consumo próprio, os partidos trabalham na escolha dos candidatos, na concepção da estratégia de campanha, na formação de alianças e na elaboração da mensagem ao eleitor. Do lado do governo, de forma mais ostensiva, guiada por Lula num périplo de inaugurações de obras pelo país, Dilma tem cumprido uma agenda de candidata desde o fim de 2009. No congresso do PT — uma superprodução de 6,5 milhões de reais que contou até com um show de Jorge Benjor —, o presidente apresentou formalmente sua escolhida à militância do partido. E deu pistas claras de como a campanha petista, comandada pelo marqueteiro baiano João Santana, deve vender Dilma ao eleitor, humanizando sua imagem de tecnocrata durona com um apelo especial às mulheres e aos jovens. "Para conhecer a Dilma é preciso conviver, brigar e teimar com ela", disse Lula. De sua parte, Dilma encampou o discurso da continuidade. "Temos um extraordinário alicerce para construir o terceiro governo democrático e popular", disse ela. Exame
Nunca antes neste país...
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1 Comentário:
DO BLOG DO UCHO
Dilma é um misto de embuste palaciano com fantoche presidencial
Castelo de areia -
Existe um oceano de incongruências nos bastidores do PT palaciano. Há dias, a legenda gastou verdadeira fortuna para custear o congresso partidário que ao final lançou a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, como candidata à sucessão do presidente-metalúrgico. Em eventos oficiais, Lula da Silva tem dito que Dilma representa a continuidade de todas as suas realizações, cuja maioria ainda permanece no campo da ficção. Em outras solenidades, o Palácio do Planalto, que afronta a legislação eleitoral, dá enorme destaque à figura da ministra-candidata, contrariando o discurso petista de outrora, que condenava o uso da máquina pública em ano de eleição. Nas recentes pesquisas de intenção de voto, a ex-guerrilheira do VAR-Palmares Dilma aparece em franco crescimento, com direito a se aproximar do tucano José Serra, cenário que tem levado o entourage de campanha a comemorações efusivas. No contraponto desse suposto virtuosismo político-eleitoral, o jornal “O Globo” traz na edição desta quinta-feira (4) a informação de que Lula da Silva pode se licenciar da presidência da República em agosto para reforçar a campanha da companheira Dilma. O que mostra que a candidata petista não é, nem mesmo no mais esquerdista dos sonhos, a preciosidade político que todos imaginam. Se isso de fato acontecer, Lula e o PT estarão promovendo uma espécie de harakiri político, pois ficará evidente que Dilma não anda com as próprias pernas.
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