Presidente brasileiro rejeita recurso da greve de fome no mesmo dia em que dissidentes apelam por mediação
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu ontem respeito às determinações da Justiça cubana nos casos relacionados à detenção de opositores e comparou os presos políticos da ilha a criminosos comuns. As declarações foram feitas no dia em que um grupo de dissidentes do regime comunista pediu a Lula que interceda pela libertação de 20 presos políticos. Entre os dissidentes que fizeram o apelo está o jornalista Guillermo Fariñas, há 13 dias em greve de fome para chamar atenção para o problema (mais informações nesta página).
"Temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo cubano, de prender as pessoas em função da lei de Cuba, assim como quero que respeitem o Brasil", disse Lula em entrevista à agência de notícias Associated Press.
(...) O presidente brasileiro também contestou o método usado por dissidentes cubanos para pressionar o governo: parar de se alimentar.
"Gostaria que não houvesse (a detenção de presos políticos), mas não posso questionar as razões pelas quais Cuba os deteve, como tampouco quero que Cuba questione as razões pelas quais há pessoas presas no Brasil", acrescentou.
O presidente brasileiro também contestou o método usado por dissidentes cubanos para pressionar o governo: parar de se alimentar.Em fevereiro, o preso político cubano Orlando Zapata Tamayo morreu após passar 85 dias em greve de fome. A morte do preso político - a primeira na ilha em 40 anos - coincidiu com a chegada de Lula a Havana, mas o brasileiro silenciou sobre o episódio.
"Greve de fome não pode ser utilizada como um pretexto de direitos humanos para libertar pessoas", afirmou o líder brasileiro. "Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrassem em greve de fome e pedissem libertação." Lula lembrou que, quando era líder sindical, fez greve de fome contra a ditadura militar (1964-1985), mas classificou a prática como "insanidade".
Para o cientista político José Augusto Guilhon de Albuquerque, da USP, o apoio de Lula ao sistema judiciário cubano é incoerente com medidas tomadas por seu governo recentemente. "Lula diz que não se pode contestar as decisões da Justiça cubana, mas seu governo não se importou em contestar a Justiça da Itália, se opondo à extradição de Cesare Battisti. E se opôs à decisão da Justiça hondurenha sobre o afastamento de Manuel Zelaya", afirmou Guilhon ao Estado. Ele diz que também não faz sentido o presidente comparar presos políticos com criminosos comuns: "Lula, como ex-preso político, sabe muito bem a diferença."
Em 2003, Cuba prendeu 75 dissidentes, entre jornalistas e membros de ONGs. Na época, as prisões causaram comoção internacional. Desde então, alguns presos políticos que estavam mal de saúde foram soltos, mas só deste grupo mais de 50 ainda estão nos insalubres centros de detenção da ilha. Estadão
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Há 58 minutos
5 comentários:
GUSTA,
O JOÃO CANABRAVA DO AGRESTE É DE UMA IMBECILIDADE ESPANTOSA...CREDO !!!!
Há nos artigos dessa semana e nas palavras de César Maia ("Gol contra"), a suspeita de que FHC esteja querendo Lulla no poder.
Os assessores (ou seriam açeçoris? de Lula não conseguem impedir que ele fale de "imprevisto"?
Afinal, ele só abre a boca para vomitar estupidez como essa mais recente.
Há mais de cem anos já diziam: põe Inácio no palacio e veremos quem ele é. Continua atualissimo.
Lula e os parlamentares de esquerda( que impediram a votação de um documento condenando o regime cubano)são uns hipócritas, vivem falando mal do regime militar que houve no Brasil, mas no entanto, demonstram sua verdadeira face ao apoiarem um regime "DESPOTA e NEFASTO" como o existente em Cuba.É por isso que acredito quando os militares argumentam que ñ deram um golpe, mas sim um contra golpe, pois essa raça pretendia implementam um regime semelhante em nosso pais, ou seja, os militares na verdade salvaram o Brasil. Se alguém duvida é só analisar a posição dos que se dizem vitimas do regime militar diante das ações "HIPER DESUMANAS" tomadas por governos de esquerda, e ver de que destino horripilante nos livramos. Comparar prisioneiros políticos ( de consciência) de cuba com prisioneiros comuns (criminosos)do Brasil é inadimissivel, e quem o faz ñ deve ser em hipótese alguma levado a sério.
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