Caixa um e meio!!!

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Editorial da Folha aqui
Doação indireta ao político, feita via partido, é cômoda para várias empresas, mas se choca com o interesse público

A PRODIGIOSA criatividade dos políticos brasileiros inventou um sistema de financiamento de campanhas peculiar. Trouxe ao mundo um meio termo entre o caixa um -no qual o elo entre o doador e o beneficiário é claríssimo- e o caixa dois.
Quem não quer revelar o destino final do dinheiro doado, mas tampouco deseja atuar na ilegalidade, pode optar pelas contribuições indiretas, por meio do partido. A alternativa oferece um outro bônus: enquanto as contas de campanha dos candidatos são abertas 30 dias após o encerramento do pleito de outubro, os partidos terão de publicar seus balanços apenas no fim de abril do ano seguinte.

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