Editorial do Estadão
O presidente Lula mudou. Desde que a força dos fatos pôs abaixo a sua fantasia de que "se a crise americana chegar por aqui será uma marolinha", na qual "não dará nem para esquiar", ele passou a acrescentar ao costumeiro triunfalismo de seus pronunciamentos uma agressividade desmedida contra quem quer que tenha alertado, desde o primeiro momento, para os efeitos da retração global sobre a economia brasileira. Na raivosa retórica presidencial, os que discordam de seus prognósticos sobre a virtual imunidade do País aos desdobramentos do colapso financeiro de Wall Street se dedicam a fazer "uma propaganda sistemática em favor da crise". Foi o que disse, com o semblante alterado - vermelho de raiva e não de vergonha de pronunciar semelhante patacoada -, ao discursar durante a inauguração de um trecho - inacabado, para variar - da Ferrovia Norte-Sul, em Colinas do Tocantins.
"Tem gente", acusou, "que vai deitar rezando para que a crise pegue o Brasil, para esse Lula se lascar."
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