"É um absurdo e uma falta de bom senso pensar que o vazamento é mais importante do que a elaboração do dossiê."
Deputado ACM Neto
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Por Merval Pereira aqui
Essa tentativa de restringir a investigação apenas ao vazamento do dossiê, e não à sua feitura, uma investigação parcial, chapa-branca, desmoralizará a Polícia Federal.
O governo está apenas adiando o que parece ser inevitável: mais cedo ou mais tarde surgirá o autor do verdadeiro crime, que é quebrar o sigilo de um banco de dados do governo para organizar um dossiê contra um adversário político. Os dados sobre os gastos dos ocupantes do Palácio do Planalto não são de propriedade dos seus eventuais ocupantes, mas do Estado brasileiro.
Argumentar que o crime está no vazamento das informações sigilosas, e não no seu levantamento indevido, é o mesmo raciocínio que surgiu na época da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. A primeira versão da Caixa Econômica Fderal foi de que não houvera quebra de sigilo, já que o funcionário que entrara na conta o fizera com ordens superiores e os dados eram da Caixa. Somente ao divulgá-los para a imprensa havia sido cometido um crime.
... O ministro da Justiça, Tarso Genro, que de início disse que não havia razão para chamar a Polícia Federal, agora já alega que vai mandar investigar o vazamento, que é um crime, e não o dossiê, que não passa para ele de um “conceito”.
VÍDEOS: g1 e TV Bahia - domingo, 22 de dezembro de 2024
Há 25 minutos
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