A luz vermelha acesa esta semana em postos de combustível do Rio de Janeiro e de São Paulo — depois que a Petrobras suspendeu 17% do fornecimento de gás para as distribuidoras, com corte diário de 2 milhões de m³ — sinaliza muito mais que um problema localizado. Revela a ineficiência da política energética nacional. Apesar de surpreendido em 2001 com o racionamento imposto pelo governo Fernando Henrique Cardoso como única saída para um apagão elétrico, o setor mantém a marca da imprevisibilidade, da falta de planejamento e dos parcos investimentos. Nesse quadro, fica vulnerável a sustentabilidade do crescimento econômico do país.
Luiz Inácio Lula da Silva teve um mandato presidencial inteiro para equacionar a questão, mas não deu conta do recado. O Brasil segue dependente da ajuda dos céus. As chuvas se atrasaram, o nível dos reservatórios baixou, as termelétricas — movidas a gás — tiveram que entrar em operação para suprir a deficiência das hidrelétricas, e pronto: o nó estava dado. continua
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