"Uma empresa com apenas 30 funcionários, que opera 'bem abaixo' da capacidade e recentemente perdeu seu principal contrato, foi a campeã de financiamento para o PT em 2005, numa doação feita em 29 de dezembro que superou gigantes da indústria brasileira.
A Petrowax Indústria e Comércio de Lubrificantes Ltda., de Iperó (a 128 km de São Paulo), transferiu R$ 600 mil à conta do partido. Com 11 anos de existência, a fabricante de lubrificantes consta do cadastro de fornecedores da Petrobras, mas desde 1997 não vende nada à estatal. Ao contrário: compra dela matéria-prima na modalidade 'spot', de negociações rápidas e sem edital. Nunca tinha doado antes a partido nenhum.
'A gente ficou sensibilizado com a situação do partido. Quisemos dar uma mão', afirma Marcos Augusto Guerra, que, junto com seu irmão Pedro, dirige a Petrowax. Em crise financeira aguda, devendo R$ 46 milhões na praça, o PT precisa desesperadamente de doações. No ano passado, fechou mais uma vez no vermelho, com um rombo operacional de R$ 3,37 milhões. Em parte, foi o efeito de uma queda de 80% nas contribuições de empresários — que totalizaram R$ 2,48 milhões em 2005 — em relação a 2004. A Petrowax colaborou com 24,1% desse valor, mais do que a Companhia Siderúrgica Nacional, com 8.000 empregados, que doou R$ 500 mil. E o dobro da construtora OAS, de 2.400 funcionários e faturamento anual de R$ 700 milhões.
Guerra se diz um admirador do presidente. Integrou uma comitiva de empresários que o acompanharam em uma viagem à África, em 2003. 'Não sou filiado ao PT, não conheço ninguém da cúpula, nem sabia o nome do tesoureiro. Acredito no programa, na história do partido. Doamos o máximo que podíamos naquele momento', diz." Folha
VÍDEOS: g1 e TV Bahia - domingo, 22 de dezembro de 2024
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