A mentira absurda sobre o novo Código Florestal!

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Fonte: Revista Veja

Não bastasse a tragédia do Rio de Janeiro ceifar centenas de vidas, uma outra vai se desenhando, esta contra a inteligência e os fatos. Lobbies organizados os mais variados aproveitam os desastres que colhem a população para tentar impor a sua agenda. Há coisa de dois dias, os devotos da Igreja dos Santos do Aquecimento Global dos Últimos Dias, desmoralizados pelo frio de trincar catedrais do Hemisfério Norte (pelo terceiro anjo consecutivo), resolveram dirigir a sua litania para as chuvas do Hemisfério Sul, efeito, asseguram, do que chamam agora de “desordem climática”. Para eles, “desordem climática” são os eventos da natureza contra os quais se construiu a civilização humana. Muitos podem não acreditar, mas a Terra já foi um lugar mais inóspito - especialmente quando havia menos tecnologia para domá-la. Os tontos, ao ler comentários como este, imaginam que o mundo se divide em dois grupos: o deles, que quer preservar a natureza, e dos “outros”, que querem destruí-la. Adivinhem quem costuma contar com os milhões das ONGs…

Com o devido respeito aos profissionais, que certamente buscaram fazer um trabalho sério, asseguro que o lobby ambientalista conseguiu emplacar a manchete da Folha deste domingo com uma cascata formidável, que atenta de modo brutal contra os fatos e contra a lógica. Lemos na primeira página, em letras que antigamente se chamavam “garrafais”: “Novo Código Florestal amplia risco de desastre”. No texto, escrevem Vanessa Correa e Evandro Spinelli:
“As mudanças propostas pelo projeto de alteração do Código Florestal -pensadas para o ambiente rural e florestas- ampliam as ocupações de áreas sujeitas a tragédias em zonas urbanas.
O texto em tramitação no Congresso deixa de considerar topos de morros como áreas de preservação permanente e libera a construção de habitações em encostas.
Locais como esses foram os mais afetados por deslizamentos de terra na semana passada na região serrana do Rio, que mataram mais de cinco centenas de pessoas.
O projeto ainda reduz a faixa de preservação ambiental nas margens de rios, o que criaria brecha, por exemplo, para que parte da região do Jardim Pantanal, área alagada no extremo leste de São Paulo, seja legalizada.
A legislação atual proíbe a ocupação em áreas de encostas a partir de 45 de inclinação, em topo de morro e 30 metros a partir das margens dos rios -a distância varia de acordo com a largura do rio.”

Eu realmente não sei como os repórteres chegaram a essa conclusão. Ou melhor: sei. Eles resolveram endossar a leitura enviesada de Marcio Ackermann, geógrafo e consultor ambiental, autor do livro “A Cidade e o Código Florestal”, que fala à reportagem. A propósito: ELE É CONSULTOR DE QUEM? A íntegra do relatório do deputado Aldo Rebelo (PC do B) está aqui. Como assegura o próprio parlamentar à Folha, seu texto trata do código em face da agricultura e da pecuária; não procura arbitrar sobre áreas urbanas. Ele deu a devida explicação ao jornal. Ela bastava para que se concluísse: “Essa reportagem não existe”. Não adiantou nada! Ela foi publicada, os repórteres asseveraram que o texto diz o que ele não diz, e a coisa virou manchete.

Leiam vocês mesmos. Rebelo nem sequer menciona “construção de habitação em encostas”. Todas as vezes em que o texto se refere a “inclinação”, trata de atividade rural. IMPORTANTÍSSIMO: a proposta não “libera” área nenhuma, limitando-se a legalizar aquelas de cultura já consolidada.

E o mesmo vale para as parcas referências às áreas urbanas. O Inciso IV do Artigo 2º das Disposições gerais (página 245 do texto) define o que o é uma “área urbana consolidada”:
IV. área integrante do perímetro urbano, definido pelo plano diretor municipal referido no art. 182, § 1°, da Constituição Federal ou pela lei municipal que estabelecer o zoneamento urbano, que, além de malha viária implantada, tenha, no mínimo, três dos seguintes elementos de infraestrutura urbana implantados:
a) drenagem de águas pluviais urbanas;
b) esgotamento sanitário;
c) abastecimento de água potável;
d) distribuição de energia elétrica; ou
e) limpeza urbana, coleta e manejo de resíduos sólidos.

Esse mesmo Artigo 2º, na página 246, estabelece, no Inciso VIII, os itens que compõem o chamado “Interesse social”. Na alínea “d”, lê-se:
“d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados predominantemente por população de baixa renda em áreas urbanas consolidadas, observadas as condições estabelecidas na Lei 11.977, de 7 de julho de 2009;”

Sabem o que é a Lei 11.977 (íntegra aqui)? É a do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Só nessas circunstâncias Aldo Rebelo tratou da questão urbana.

Outro lado e outro-ladismo
Ouvir o “outro lado”, quando isso não é simples maneirismo, é essencial no jornalismo. Praticar “outro-ladismo” é um desastre para a inteligência. A proposta de Rabelo para o novo Código Florestal NÃO TEM QUALQUER RELAÇÃO, NEM A MAIS REMOTA, COM ÁREAS URBANAS. A Folha ouve o tal geógrafo, que vende seu peixe - exposto na vitrine - e depois ouve Rebelo, que, evidentemente, nega que uma coisa tenha relação com a outra. O jornal compra a versão errada.

“Versão errada?” Sim! Não se trata de questão de gosto. Desafia-se aqui alguém a demonstrar por que meios, SEGUNDO O QUE HÁ NO TEXTO, “as mudanças propostas pelo projeto de alteração do Código Florestal ampliam as ocupações de áreas sujeitas a tragédias em zonas urbanas”.

Pode-se gostar ou não da proposta de Aldo Rebelo - eu, por exemplo, a considero sensata. Insensato é mandar reflorestar áreas que dedicadas à agricultura há 100 anos, por exemplo… Mas que se desgoste do texto segundo o que nele vai, sem delírio militante. Parte do que foi destruído no Rio era, sim, “área urbana já consolidada”, segundo o que vai definido no texto, mas outra parte não: não reunia os requisitos ali dispostos.

Vênia máxima, a manchete da Folha não existe porque o problema que ela denuncia também não existe. Basta ler o relatório de Aldo Rebelo, entendendo o que nele vai escrito, para constatá-lo. Ou será que é impossível combater o novo Código Florestal dizendo só a verdade?

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Os 12 esquerdas que você encontra por aí!

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1. O esquerda cult: Escreve elogios à revolução no Moleskine©. Pratica justiça social recolhendo dinheiro dos pobres para financiar os milionários carentes de “incentivos culturais”.

2. O esquerda folclórico: Substitui a falta de argumentos pelo excesso de pelos faciais. Não sai de casa sem o kit BBB: Bolsa, boina e broche de estrelinha. Deixa os cuidados com higiene pessoal para quando chegar no paraíso comunista.

3. O esquerda pragmático: Aguarda a revolução para deixar de explorar a empregada que passa a camisa do Che. Revolução pouca, minha "mais valia" primeiro.

4. O esquerda cabeça: Sabe que quem lê 20 páginas de filosofia adquire consciência social. Está para ler a 21ª desde antes do carnaval.

5. O esquerda geek: Escreve textos furiosos contra o imperialismo estadunidense no seu Mac Book Pro. Usou o gift card do Starbucks para baixar A Internacional pelo iTunes.

6. O esquerda saudosista: Saudades de ser perseguido. Acredita que o mundo vai de mal a pior desde os anos 60.

7. O esquerda de direita: Acredita que o socialismo vai acontecer quando tiver um cabra-macho no governo que coloque esses pobres pra trabalhar.

8. O esquerda web 2.0: Xinga muito os neoliberais no Twitter.

9. O esquerda asterisco: É totalmente contra a corrupção* (*exceto quando forçado pela lógica do sistema capitalista), contra todo tipo de guerra** (**exceto no caso da revolução armada e da resistência às forças imperialistas), e super a favor da liberdade*** (***menos a dos outros).

10. O esquerda frequent-flyer: Defende, da primeira classe, uma sociedade sem classes.

11. O esquerda distraído: Esquece de tirar o “sent from my iPhone” da assinatura do email.

12. O esquerda agora-vai: Nenhuma experiência socialista em toda a história da humanidade deu certo… até agora!

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Órgãos mais disputados por partidos desviaram 1,3 bi de reais!

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Os dez órgãos do segundo escalão mais disputados pelos partidos que apoiam a presidente Dilma Rousseff tiveram de responder à Controladoria-Geral da União (CGU) por irregularidades no repasse de 1,35 bilhão de reais a estados, municípios e entidades nos últimos quatro anos.

Conforme levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo nos documentos da CGU sobre auditorias e tomadas de contas especiais, o órgão campeão de irregularidades foi o Fundo Nacional de Saúde (FNS). De 2007 até 2010, a CGU concluiu que 663,12 milhões de reais em repasses tiveram alguma irregularidade nos pagamentos a conveniados do Sistema Único de Saúde e Autorização para Internação Hospitalar (AIH), desvios de finalidade e não prestação de contas.

O levantamento foi feito com base nos últimos quatro anos porque os partidos em torno de Dilma hoje já formavam a aliança que garantiu a reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. continua

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Sem condições de arcar com as prestações, beneficiários do Minha Casa, Minha Vida vendem seus apartamentos

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"Houve quem vendesse a unidade a 500 reais, antes de receber as chaves"

O primeiro empreendimento do programa Minha Casa, Minha Vida destinado a famílias de baixa renda foi apresentado como um sucesso durante a vitoriosa campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff. Mas, apenas seis meses depois de entregue, o Residencial Nova Conceição, em Feira de Santana (BA), vive uma situação muito diferente da que foi mostrada na TV.

Reportagem publicada na edição desta sexta-feira do jornal O Estado de S. Paulo revela que o conjunto residencial é palco de vendas ilegais de apartamentos e abandono das moradias por falta de pagamento. As prestações dos imóveis custam apenas 50 reais, mas boa parte dos beneficiados – famílias com renda mensal média de 1.395 reais - recebe apenas o dinheiro do Bolsa Família e não tem como arcar com as mensalidades.continua

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Líder do governo pede volta de Delúbio Soares!

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O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), defendeu ontem a reintegração do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares ao partido.

Pivô do escândalo do mensalão, Delúbio foi expulso em 2005, mas já avisou petistas de que apresentará novo pedido de filiação ainda no primeiro semestre do ano.

No ano do julgamento do mensalão, Delúbio articula sua refiliação ao PT

Vaccarezza o apoia. Segundo ele, "não é justo que Delúbio tenha pena definitiva". "Todos eles [os envolvidos] já pagaram um preço maior do que seus pecados", justificou o líder, para quem "nenhuma pena é eterna".

Questionado sobre uma possível reação do governo Dilma, Vaccarezza alegou que a decisão compete ao Diretório Nacional do PT.

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Dilma, interrompida! por Demétrio Magnoli

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Ah, o exagero - a sombra monstruosa do exagero. "Lula estará conosco." "Sei que a distância de um cargo nada significa para um homem de tamanha grandeza e generosidade": "o maior líder que este país já teve." "Seu nome já está cravado no coração do povo." Não é o elogio incisivo, mesmo mais que protocolar, ao presidente que saiu, companheiro de partido, responsável por seu triunfo. É a louvação desmedida, o adjetivo incontido, o culto despropositado, a metáfora de ressonâncias religiosas. "Sob sua liderança, o povo brasileiro fez a travessia para uma outra margem da história." É Moisés, na travessia das águas e na jornada pelo deserto. Nos seus dois discursos de posse, Dilma Rousseff apalpou a linguagem das tiranias personificadas.

Condutor? Comandante? Eterno Presidente? Líder Genial dos Povos? Grande Timoneiro? A linguagem faz diferença, pois a política, em tempos de paz, é feita de palavras. Democracia é o regime das instituições, não dos líderes. Nas Repúblicas democráticas, nenhum líder sintetiza o povo - e exatamente por isso existem oposições legais. Delinquindo nos interstícios da lei, a Petrobrás batizou com o nome de Lula o campo petrolífero de Tupi. O culto a Lula é uma ferida na alma da democracia. Dilma subiu a rampa fazendo as orações desse culto bizarro.

Os discursos de posse de Dilma devem ser lidos como harmonias interrompidas. A presidente tenta desabrochar, insinua-se e esboça um aceno; ansiosa, tropeça e cai. Aqui e ali, por todos os lados, encontram-se os indícios da sua vontade de governar "para todos os brasileiros e brasileiras". Mas o propósito se estiola no caminho, sempre que colide com um dogma do lulismo. continua

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Contas Abertas mostra recorde de restos a pagar de Lula por Míriam Leitão

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A presidente Dilma herdou alguns desafios do governo Lula no campo econômico, como temos falado aqui no blog. Inflação em alta é um deles.

Mas há outro, apontado pelo site Contas Abertas, que merece atenção: a conta deixada por Lula. O estoque de restos a pagar - compromissos que passam para os anos seguintes - é o maior de todos: acumula mais de R$ 137 bilhões no Orçamento Geral da União, segundo a ONG.

O site destaca que o valor representa o dobro de tudo o que o governo pretende gastar com investimentos em 2011 (R$ 64 bilhões) ou o triplo do previsto para o Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC (R$ 40 bilhões). continua

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Quem consegue definir quem é a nova ministra Iriny e o cartunista Laerte?

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Iriny Lopes, futura ministra do governo Dilma é a da esquerda ou da direita?

Laerte, o cartunista que se veste de mulher é o da esquerda ou da direita?

Veja se vc acertou aqui, no site da Veja.

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