Relembrando o RDE!

|

por Ari Cunha no Correio Brasiliense

O general Maynard Santa Rosa pertence ao grupo de 15 membros do Alto Comando do Exército. Divulgou carta com pensamento pessoal, na qualidade de cidadão. Sabia o que ia acontecer. Conhece o Regulamento Disciplinar do Exército, as atividades, inclusive as punições.
Preferiu expressar pensamento próprio, mesmo usando uniforme da ativa. Assinou embaixo. Deu no que deu. Perdeu o cargo de chefe do Departamento Geral de Pessoal do Comando do Exército. Sabia com antecedência. Mesmo conhecendo a punição, não hesitou e teve a coragem que falta a muitos cidadãos comuns e políticos.

Ficou na tropa como adido ao gabinete do comandante Enzo Peri até 31 de março. É nessa data que termina o tempo de permanência no generalato, de 12 anos. Passará à reserva remunerada.
Não respondeu a “rigoroso inquérito”. A sentença estava dentro do que dissera. Tinha conhecimento de tudo. Preferiu expor o pensamento. Fez uso da liberdade pessoal, mesmo arcando com consequências que sabia serem certas.



Quando servia à EIM-280, durante a guerra, em Fortaleza, o que mais me impressionou foi o Regulamento Disciplinar do Exército. Sem caso omisso, diz tudo sem rodeios, sem direito a interpretações.
O fato de discutir e apresentar propostas são ofício dos políticos, mesmo os implicados em desvio de verbas e comportamento alheio às atividades legislativas.
Nas Forças Armadas a conduta é em linha reta, sem alternativas. Como dizia o filósofo de Mondubim, “por dentro feito talo de macaxeira”. Não desvia de nada.
O general Maynard Santa Rosa preferiu não citar exemplos. Nenhum companheiro foi lembrado. Achou melhor dizer que a apuração dos crimes da ditadura militar (1964-1985) competia à “Comissão da calúnia” formada por “fanáticos”. Dessa forma, expressou pensamento claro, ao dizer o que pensava.
Outras considerações surgiram ao escrever com consciência a carta divulgada, hoje de conhecimento popular.
O ministro Jobim havia conversado com o comandante Enzo Peri, que estava a serviço no Rio Grande do Sul. Confirmada a autoria da carta, adotou o Regulamento Disciplinar do Exército, que não aceita discussões.
O general Maynard de Santa Rosa disse com todas as palavras que “fanáticos adotaram o terrorismo, sequestro de inocentes e assalto a bancos como meio de combater o regime para alcançar o poder”. A carapuça cabe na cabeça de dona Dilma Rousseff. Era membro da Comissão, participante da luta armada e está convocada para expor seus pensamentos, tudo antes do acontecido.

Certa vez o general Santa Rosa havia sido afastado do ministério da Defesa por discordar do governo sobre a reserva indígena Raposa, Serra do Sol.
Peito aberto, consciência tranquila, ostenta posto de envergadura na profissão que escolheu desde criança. Deixa o exemplo à posteridade para os descendentes. Guarda mente limpa perante a família, à qual deve sua formação íntegra de pensamento livre. Guarda os amigos no coração. E sente o dever cumprido ao agir sozinho, sem envolver colegas.
Aí está a biografia do homem disciplinado do Exército. Não aceitou fugir ao pensamento de cidadão.

12 comentários:

José de Araújo Madeiro disse...

Gusta,

Sem dúvida, todo soldado está regido pelo regulamento disciplinar em especial um General de Exército a maior patente e comandando tropas, para dar exemplo e ser respeitado pelos subordinados.

Há, porém, uma questão acima disto e até porque um regulamento é uma norma infraconstitucional. A Constituição é a lei maior de uma nação, onde todos estão subordinados, que seja civil ou militar, do cidadão comum ao presidente da república.

Então o presidente não está acima das leis. A não que seja numa ditadura. Mas Lula bem sabe disto por ter sido eleito pelo povo, com base na legislação e ainda ter jurado solenemente à constituição durante sua posse.Lula persiste no insano intento de ludribiar à nação brasileira e muito compliacdo impor uma ditadrua com instituições funcionando. Onde está a imprensa? Os jornalistas não sabem ler ou estão todos comprados e aceitando às manobras do Lula? Pobre Brasil!

As relações entre às FFAA e o governio são que essas são instituições permanentes, que servem à nação e não ao presidente, no contexto do estado de direito e da legalidade. Hoje estão se tornando traumáticas visto o presidente governar acima das leis, a vista de todos e até do poder judiciário, cometendo as mais claras transcreções à Carta Magna e demais leis, por querer enganar o povo e ainda mudar nosso sistema legal e institucional, pelo seu modelo orientado por Cuba e pelas teses de Gramsci.

Ferindo à Constituição e que jurou cumprir, o governo deixa de ser o comandante supremo das FFAA e que não deve mais gozar do respeito e deferências dos demais cidadões.

Não estamos,portanto, em Cuba ou Venezuela ou qualquer país insignificante e que tenham ditaduras. Estamos no Brasil, onde ainda temos pessoas decentes e que sabem a direção do bom senso, mesmo não sendo expert em legislação, de um país que perdura sob regime da legalidade e qualquer cidadão pode ser presidente, desde que seja eleitor, filiado a um partido e tenha votos, mas dentro da Lei.

O General Santa Rosa está corretíssimo e mostrou ao Lula e demais do Foro de São Paulo que não covarde, que sabe o que diz e que deu mostra de ser um exemplar brasileiro e pais de família. Os demais oficiais que não lhe deram apoio, são homens sem postura de soldados,submissos,fracos,apegados aos cargos, subservientes ao Lula e ao seu ministro Nelson Jobim, também um político prepotente em busca de poder e fama, fiel escudeiro do esquema petralha.

Esperemos que saiamos des
sa conjuntura perversa e anti-democrática pela via da legalidade, pelas eleições, derrotando à Dilma Terrorista.

Mas caso perdure essa teimosia dessa topeira Lula, nós devemos defender, sob quaisquer circunstâncias, à nossa liberdade e esta sòmente está inserida no contexto do estado de direito e de instituições independentes.

Att. Madeiro

Letícia disse...

Prezada dona Dilma- João Mellão Neto
O Estado de S. Paulo


Tempos atrás, aqui mesmo, neste Espaço Aberto, comparei a senhora, com as ideias antiquadas que defende, a um DKW - aquele automóvel que foi fabricado no Brasil no início da década de 1960. Recebi numerosos e-mails reclamando que eu estava sendo injusto. Injusto com o DKW. Pois é. O carro deixou uma boa impressão, o que - perdoe-me o mau jeito - parece muito não ser o seu caso. Estive vasculhando as minhas memórias e constatei que o DKW é muito moderno para a senhora. A comparação adequada seria com um Ford 1929. E, ao afirmar isso, espero que ninguém reclame do fato de eu estar cometendo outra injustiça.

É Ford 1929, mesmo. Foi naquela época em que ele estava sendo fabricado que um sujeito chamado Benito Mussolini fazia sucesso com o lema: "Tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado." Joseph Stalin e outros contemporâneos também não pensavam muito diferente disso. Poderíamos agraciar cada um deles com um Ford da época. Ou com uma Mercedes-Benz 770. A senhora sabia que esses personagens históricos já defendiam a ideia de um "Estado forte" - que é o cerne de sua plataforma política - naqueles tempos?

Li, se não me, engano, na revista Veja, que o bordão que o Duda Mendonça apresentou para a sua campanha eleitoral é baseado naquela música do Zeca Pagodinho: "Deixa a Dilma me levar; Dilma leva eu..." Com todo o respeito, dona Dilma, levar para onde? Dá calafrios só de pensar.

Por falar em Duda Mendonça, cabe a pergunta: vocês o reabilitaram? Vão pagar a campanha com dólares depositados nas Bahamas, como ele gosta? Isso é proibido, dona Dilma. A senhora sabia?

Li, creio que na mesma revista, que quem está articulando a sua campanha nos diversos Estados é ninguém menos que José Dirceu. É, ele mesmo. Ele já foi ministro-chefe da Casa Civil, o mesmo cargo que a senhora ocupa. Também foi reabilitado? E aquela história do "mensalão" como é que fica? Segundo a malvada da imprensa, ele era o grande articulador do esquema. Deixa pra lá. Isso também deve ser "intriga da oposição", não é verdade?

Por falar nisso, por que será que a "mídia" implica tanto com a senhora? Está em seus planos criar um "órgão controlador do conteúdo da imprensa"? A federação dos jornalistas - à qual não sou filiado - já apresentou uma proposta nesse sentido. A senhora concorda?

A pergunta é pertinente. Um dia destes - quando o Hugo Chávez, da Venezuela, cassou a concessão de seis emissoras de televisão a cabo - questionaram se a senhora concordava com tal medida. E, dona Dilma, a senhora respondeu de forma evasiva. Disse algo como: "Quem sou eu para julgar..." A senhora não tem opinião formada sobre o assunto? Assim vai mal...

Mudando de assunto, esse negócio de "Estado forte" que a senhora defende me lembra os tempos do general Ernesto Geisel. Se a senhora não se lembra, foi aquele presidente do Brasil, na década de 1970, que tão somente fechou o Congresso por alguns dias e baixou várias medidas políticas arbitrárias que ficaram conhecidas como "pacote de abril". Entre elas, vale destacar, foi criada a triste figura do "senador biônico".

segue...

Letícia disse...

Pois bem, o presidente Geisel vivia dizendo que a economia brasileira estava apoiada em três pés: o Estado, o capital estrangeiro e a iniciativa privada nacional. Não era bem assim, na prática. Durante o governo do dito cujo foram criadas quase 400 empresas estatais. E a maioria esmagadora dava prejuízo, sangrando o Tesouro Nacional. Paciência. Segundo ele, o Estado deveria suprir, na economia, todas as lacunas deixadas pela iniciativa privada. Era melhor para a Nação que o estatismo prevalecesse do que entregar a área ao capital estrangeiro.

Quase tudo nos tempos de Geisel era propriedade do Estado. Surgiu até um neologismo para designar a nova elite que tomara o poder: tecnocracia, mistura de burocracia com conhecimento técnico. E os tecnocratas bem que abusavam. Conheci um sujeito, na época, que trabalhava na companhia telefônica estatal de São Paulo. Ele me contou, orgulhoso, que fora transferido para o "Departamento de Esportes" da empresa. Na prática, ele não precisava fazer mais nada... E o salário, que não era baixo, pingava, com certeza, todos os meses. É esse tipo de "Estado forte" que a senhora prega? Não é isso? O Estado musculoso que a senhora deseja seria, por acaso, de uma modalidade "diferente"?

Deu um trabalho enorme desmontar toda a estrutura estatal criada no País. E foi muito bom. Como lembra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em artigo publicado nesta página do Estadão no último domingo, a Companhia Vale do Rio Doce, depois de privatizada, contribui com impostos muito mais do que rendia em dividendos quando era estatal. Não é o único caso. E tampouco há de ser o último...

Pois o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desde que assumiu o poder, não mais privatizou nenhuma empresa. Ao contrário, ele prega um Estado maior e para tanto tratou de capitalizar o Banco do Brasil, o BNDES e tudo mais que é estatal.

Segundo ele, a crise internacional aqui, no Brasil, só se configurou como uma "marolinha" porque o seu governo salvou o sistema financeiro nacional da quebradeira geral. Não é bem verdade. As finanças nacionais não se envolveram na especulação geral porque aqui, depois das quebras monumentais de bancos brasileiros na década de 1990, o sistema se tornou bastante regulamentado e os bancos, capitalizados. Isso se deve, em boa parte, ao seu antecessor, Fernando Henrique...

Tenha santa paciência, dona Dilma, Estado agigantado existe um só: é do tipo que reinou por aqui na década de 1970. A senhora sonha com um Estado sarado. Pois o máximo que conseguirá será um Estado obeso.

Gusta disse...

Jose Araujo Madeiro,]

concordo plenamente com vc.

Aplaudo a bravura do General que mesmo conhecendo a punição, não hesitou e teve a coragem que falta a muitos cidadãos comuns e políticos,como diz o texto.

Abs

Nikacio Lemos Bitencult disse...

Realmente falta homens assim com Coragem e muito peito para combater este governo mentiroso, corrupto, demagogo, oportunista , comunista e Terrorista do PT que quer a todo preço se perpetuar no poder .

Ely de Souza disse...

Oi, gente delirante,
Apelemos para o direito pessoal de exprimir o pensamento.
Me deem algumas respostas:
a- qual é o salário (soldo) de um general?
b- o que, efetivamente, produz um general?
c- o que um general faz que um coronel, major ou capitão não poderia fazer?
d- quantos são os postos de "general" no Brasil?
e- as filhas de militares de alta patente, se solteiras, tinham o direito à pensão do pai já ido. Ainda consevam esse direito? Se sim, não se constitui um privilégio sobre os simples mortais? Quem instituiu esse "direito"? Ele é justo?
f- Querem falar em democracia? Por acaso quem provocou 21 anos de ditadura? Foi o PT?
g- Sem lembrar os porões do DOPS-CAJAMAR e outros, expliquem a bomba do RioCentro.
Caríssimos, pelo que produzem para o Brasil 3 ou 4 generais seriam suficientes e a economia seria grande.
Oras, obsequiem-se...

RR3C disse...

Oi gente ignorante

quanto ganha um general não sei, mas o dilmão roussef ganha mais de R$ 75.000,00/mes na "função" de "comselheira" da petrobrás....

Hi hi hi! Estes generais e seus salários indecorosos.

Tem cada um obsequioso...



Hehehehehehehaaaa....

Waltão disse...

Pátio da penitenciária no interior de Minas:

A diretora pega um megafone e anuncia:
"Atenção cambada de vagabundos, chega de moleza,

quero todo mundo de vassoura na mão limpando esse chiqueiro.

Quero tudo bem limpinho que amanhã vamos receber o Presidente Lula"
Um preso comenta com o colega ao lado.
- TÉQUINFIM PRENDÊRO O FIA DA PUTA !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Waltão disse...

Por Reinaldo Azevedo

DILMA, SUBINTELECTUAIS DE DIREITA, UMA ARMA NA MÃO E ALGUMAS IDÉIAS NA CABEÇA

Leio na Folha que Dilma Rousseff anda preocupada com supostos “subintelectuais de direita”. E teria tratado da questão numa entrevista a Emir Sader e a Marco Aurélio Top Top Garcia. Eis aí dois gigantes do pensamento. Ah, sim: Jorge Mattoso, aquele que quebrou o sigilo do caseiro Francenildo, também participou da conversa. Como se vê, é o tipo de bate-papo que deveria ter ocorrido na Papuda. Seria inaugurado no país uma nova jornada cultural: “O Bate-Papuda”.
Na entrevista, diz a candidata: “Estamos vivendo um momento culturalmente explosivo. Precisamos colaborar com essa explosão”. A mistura de cultura com explosão ficou bem na Revolução Cultural chinesa… E é uma constante do terrorismo. Ela se candidata a ser o nosso Mao Tse-Tung ou o nosso Ahmadinejad.
Escreverei mais a respeito. Mas encerro lembrando que Dilma, ainda hoje, seria mais jeitosa com uma metranca na mão do que com algumas idéias na cabeça.

zÉ disse...

hahahahahahahaaaaa

Adoro o humor do RR3C!!!

Waltão disse...

DO CESAR MAIA * * *

FHC: DILMA NÃO INSPIRA CONFIANÇA!

Entrevista de Fernando Henrique Cardoso a Andrés Oppenheimer (Miami Herald e La Nacion, 16).

1. Eu creio que Dilma vá ter dificuldades. Vai subir nas pesquisas porque Lula precipitou a campanha e a oposição não formalizou seu candidato. Então ela vai ganhando espaço na imprensa. Mas no final, as pessoas na hora de votar vão pensar se ela inspira confiança. Dilma não tem nenhuma experiência de liderança. Não foi nem prefeita nem governadora, nada. Foi uma funcionária. É difícil que o povo deposite sua confiança em mãos de alguém assim.

2. Não me animaria a dizer que seria um títere de Lula por suas características pessoais de uma pessoa muito dura, muito autoritária. Ela está mais vinculada ao PT. Lula tem mais independência de seu partido. Lula é um negociador habilidoso, é um líder sindical. Não é um homem de confrontação. Tem capacidade de mudar e o faz. Dilma não creio que faça isso, porque ela é mais dogmática. Ela tem uma visão um tanto articulada de uma maior ingerência estatal.

3. Provavelmente estará mais perto da Venezuela. Mas sempre há que entender que as instituições do Brasil são fortes e que quem está no poder não pode fazer o que lhe venha na cabeça. Talvez ela tivesse vontade, mas a direção plural de outros grupos, a existência de uma imprensa livre, tudo isto faz um filtro. Mas..., o coração de Dilma bate mais á esquerda.

Lucas disse...

Gusta

Raticída no comentário de um egresso do esgôto famigliar.


cai fora boçal!

 

©2009 Reaja Brasil! | Template Blue by TNB