10 de fevereiro de 1980 = nasce, no Brasil, o partido da crença na ignorância, a pregação da inveja!

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"À sombra do prestígio de Lula, que se sobrepôs à sigla, o PT hoje se resume a uma entidade paraestatal, reproduzindo uma história secular na política brasileira: é, como outros antes dele, meramente o Partido do Poder". Editorial Folha

2 comentários:

Renato disse...

Muito bom o artigo do Nivaldo Cordeiro que copio abaixo:

"VALORES INVERTIDOS
09 de fevereiro de 2010

Não posso deixar passar sem um comentário a bela crônica do João Pereira Coutinho, publicada hoje na Folha de São Paulo (Vender a alma). No texto, o autor relata a iniqüidade que se instalou em Portugal, qual seja, a institucionalização do ócio remunerado, que praticamente condena multidões a nada fazer como se isso fosse algo de bom. Em troca, os déficits da Previdência Social crescem de forma explosiva e o desemprego não dá sinais de que possa regredir.

Essa situação não é incomum, muito ao contrário. Em toda Europa é possível que alguém nasça e morra sem precisar trabalhar nunca, permanentemente dependente da mesada estatal. Foi instituído o “direito humano” à vagabundagem. Obviamente que a trajetória dos déficits públicos, somados ao impacto da grave crise mundial, aponta para um fim dramático dessa iniqüidade, que é contra a natureza e o senso de justiça.

No Brasil vivemos já o império das bolsas com várias denominações, e as aposentadorias descasadas das contribuições, especialmente as do setor público, prática já antiga de remuneração do ócio. Aqui, por vezes com valores estupendos, os famigerados marajás, que caçoam risonhamente dos pagadores de impostos. A eles se juntaram os recebedores da bolsa-ditadura. Como na Europa, a situação das finanças públicas agrava-se dia a dia, por força dessa situação anormal.

O que mais interessa ao observador é o que vai acontecer na esfera política. Os aposentados, portadores de bolsas e desempregados remunerados estão próximos de constituírem uma grande maioria. Que governante poderá ser eleito prometendo corrigir as finanças públicas pela raiz, ou seja, cortando o ócio remunerado das multidões viciadas em não trabalhar? Terá que ser feito, mas como combinar a correta medida administrativa com a manutenção das instituições democráticas?

(...) Como isso será feito no regime democrático? Eu não tenho a mínima idéia. É certo que essas sociedades passarão por processo de empobrecimento rápido.

O fracasso dessas experiências é o fracasso da social-democracia, ou seja, da promessa igualitarista, incompatível com a prosperidade econômica. Estamos chegando a um tempo em que a realidade econômica se imporá de forma inexorável sobre a alucinação política que assumiu a hipótese de que seria possível suprimir a lei da escassez e que parcela crescente da população poderia viver sem trabalhar. Políticos social-democratas e socialistas em geral chegaram ao poder e lá se mantiveram escorados nessa mentira. O tempo do ajuste chegou.

Na melhor das hipóteses aparecerão políticos da estirpe de Margareth Thatcher e Ronald Reagan, que “peitarão” os sindicalistas e os políticos populistas e organizarão as finanças públicas. Na pior, teremos a multiplicação dos regimes de força. O certo é que o tempo das meias medidas acabou e a tolerância com os crescentes déficits públicos (bem como o endividamento do Estado) está chegando ao fim. Em última análise, a quebra técnica dos Estados determinará o realinhamento das forças políticas.

(...)

E essa gente que chegou aos cinqüenta anos sem constituir família, que fez do subsídio estatal seu único arrimo, como sobreviverá ao duro ajuste? Essa gente sem filhos e sem futuro? A disciplina do trabalho se adquire por longos anos de treinamento. Teremos um fenômeno novo e interessante, da reinserção dessas multidões ociosas na rotina humana, que vem desde que a civilização apontou no horizonte. “Homem, comerás o pão com o suor do teu rosto”.

Leia mais aqui http://www.nivaldocordeiro.net/valoresinvertidos

Partido Alfa disse...

Marcos Rolim, Santa Maria/RS, ex-deputado estadual e federal, ao se desfiliar do PT: "o PT veio para mudar a politica. Mas a politica é que mudou ele".

 

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