Casa de abrigo!

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por Miriam Leitão aqui

Um perseguido político que entra numa embaixada e pede proteção quer asilo. Normalmente para sair do país. Concedido o asilo, ele renuncia a qualquer atividade política enquanto estiver naquele território que o acolheu. O presidente Manuel Zelaya foi à Embaixada do Brasil para entrar no país, não pediu asilo, fez política e levou com ele várias pessoas que não estavam sob ameaça.

O caso estava ontem ficando cada vez mais assustador. A sede da embaixada é território brasileiro. Quando o governo hondurenho cerca com tropas e corta serviços para a embaixada está agredindo o nosso país. Cada vez que uma pessoa é ferida — ou até morta — aumenta a responsabilidade do Brasil pela situação criada.

Termine como terminar, o episódio Honduras já deu várias lições ao Brasil sobre como não proceder. Tudo é esquisito neste caso. A primeira esquisitice foi a insistência tanto de Celso Amorim quanto do próprio Zelaya de qualificar a ajuda do Brasil como sendo “abrigo”. Asilo todo mundo sabe o que é no Direito Internacional. Abrigo já fica mais difícil definir.

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